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quarta-feira, 28 de abril de 2010

25 d'Abril - 36 anos

Passaram 36 anos depois da Revolução dos Cravos, feito pelos arrojados jovens Capitães.
Esta data acabou com a guerra colonial, a censura, os métodos pidescos, entre outras atrocidades.
A Democracia e Liberdade, deve-se a esse punhado de jovens militares, designado pelos Capitães de Abril.
Eles deram uma enorme lição de desapego ao poder, restituindo-o à sociedade civil.
Em 36 anos de comemorações populares, este ano fiquei impossibilitado de o fazer, devido a doença grave de um familiar.
Não escondo que fiquei triste, em não participar nas comemorações populares, para mim uma data das mais importantes.
Triste também com o rumo que os sucessivos governos defraudaram este dia, abusando do poder, governando contra o Povo, contra os trabalhadores.
Prometem uma coisa na campanha eleitoral e no poder esquecem rapidamente o que prometeram, ousam sem o mínimo de pudor massacrar e aterrorizar os mais desprotegidos, os que não vivem de esquemas ou encostos.
Fico triste e chocado ao ver que o espírito desses jovens foi severamente transformado pelos oportunistas, disfarçados de democratas.
Triste face à injustiça social. Existe um enorme colosso entre ricos e pobres.
Os exagerados vencimentos, prémios e mordomias dos gestores é uma vergonha, é um despudor, é um escarro, é uma afronta contra quem trabalha.
Aproxima-se o 1º de Maio e é claro que também estarei impedido de participar. Nesta também importante data, estarei ausente, infelizmente.
As medidas tomadas por esses delfins de Salazar/Caetano em nada abonam o espírito de Abril.
Tudo o que tem acontecido é no sentido de o desacreditar.
É altura de se fazer um 25 de Abril que varra toda essa corja de oportunistas.
[imagem retirada da wikipédia]

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domingo, 24 de janeiro de 2010

Manuel Alegre - Eu não esqueço

Recebi do meu amigo, Fernando, seis textos relacionados com Manuel Alegre, dando-lhe o nome de "Eu não esqueço".
Pela importância dos mesmos, aproveito para os publicar, contribuindo para denunciar o passado oportunista deste conservador a que o BE ingenuamente apoia.
Manuel Alegre - Eu não esqueço (I)
"Louçã é um Cavaco do avesso. Estou farto das lições de moral. Não aceito a direcção espiritual de Louçã que parece ter errado a vocação. Ele deixou de combater Cavaco Silva e persiste em combater as forças de esquerda. Ele anda aqui atrás de uns dinheiros e de uns votozinhos. Eu sou de outro campeonato. Eu tenho um passado político de luta e de resistência, Louçã não sei se tem."
Manuel Alegre na campanha eleitoral de 2006
- Eu não esqueço (II)
"Na sessão legislativa 98/99, Manuel Alegre e Mota Amaral apresentaram o projecto n.º 630/VII, intitulado "Regras Protocolares do Cerimonial do Estado português".
No texto, que nunca chegou a ser aprovado, os dois deputados ordenavam as várias precedências das entidades do Estado português no protocolo e o lugar reservado aos representantes da Igreja Católico era superior ao destinado aos ministros do Governo .
No artigo 37.º dedicado às entidades eclesiásticas, Mota Amaral e Manuel Alegre escreviam: "Quando presentes em cerimónias oficiais, as entidades eclesiásticas, não podendo ser-lhes reservado lugar à parte, recebem o tratamento correspondente à entidade civil com competência territorial homóloga."
- Eu não esqueço (III)
Manuel Alegre votou no dia 14 de Outubro de 2006 a favor da proposta de Lei de Nacionalidade do Governo que negava a nacionalidade automática aos filhos de imigrantes nascidos em Portugal.
- Eu não esqueço (IV)
O orçamento do queijo limiano” do Governo Guterrees foi aprovado à custa do vergonhoso negócio da compra do voto do deputado Campelo. Manuel Alegre podia ter impedido esta nódoa se tivesse juntado os seus votos aos dos dois deputados bloquistas.
- Eu não esqueço (V)
Manuel Alegre foi sempre deputado desde que há eleições livres em Portugal. Com o 25 de Abril foi nomeado coordenador da RDP cargo que suspendeu em 1975 com a eleição para deputado. Em mais de trinta anos por ser deputado nunca mais exerceu funções na rádio continuando contudo a efectuar descontos como funcionário. Não trabalhava mas fazia descontos. Por essa razão teve direito a uma reforma vitalícia de 3 219,95 euros que agora acumula com a reforma de deputado. Manuel Alegre, questionado, disse desconhecer que estava a descontar para essa reforma. Manuel Alegre, diga-se, não cometeu nenhuma ilegalidade, mas este processo não o honra.
- Eu não esqueço (VI)
Manuel Alegre votou o aumento da idade da reforma, a alteração da fórmula de cálculo das aposentações (um aposentado em 2005, com a nova fórmula, perdeu 10% na sua pensão - eu perdi 13% - e as gerações que entraram agora no mercado de trabalho vão perder quase 50%) sem cuidar de olhar para quem estava à porta da saída. Votou ainda por duas vezes contra as propostas do Bloco e do PCP pela reforma aos 40 anos de idade, independentemente da idade. Votou o aumento do IVA. Apoiou as privatizações no sector energético.
Nota final: Com este post termino as referências a Manuel Alegre sobre algumas das sua posições tidas ao longo dos tempos. Manuel Alegre não é o meu candidato. Não o aprecio pessoalmente, coisas que remetem para a sua forma de estar, calculista, oportunista, arrogante, com momentos pouco éticos, vaidosa em excesso. Mas claro, nesta dimensão, algo subjectiva. Já sobre no plano político discordo do seu trajecto, do seu conservadorismo em várias matérias, de uma visão "patrioteira", das suas indecisões, do tacticismo político.
Manuel Alegre só mudou nos últimos tempos. Resta saber se o fez por oportunismo e estratégia política, visando conseguir garantir os apoios necessários para conquistar a presidência da República, como creio. Apesar de tudo Alegre até poderá vir a ter o meu voto, sem que "engula" sapos. Se não aparecer na esquerda, uma alternativa ganhadora. Uma alternativa a Cavaco Silva. Por mim vou esperar por Carvalho da Silva ... ou outro, não sei, pelo menos para a primeira volta. Uma candidatura mais clarificadora dos campos e das alternativas políticas.

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sábado, 16 de janeiro de 2010

Escolho Carvalho da Silva e não Alegre

Tenho lido e ouvido através dos órgãos de comunicação social que Manuel Alegre está a preparar a candidatura a presidente da República.
Para uns ainda não é candidato, para outros já o é.
Anda no terreno a preparar-se, ganhando apoios, para oficializar a candidatura para a eleição que terá lugar no próximo 2011.
Essa mesma comunicação adianta que terá o apoio do BE.
A ser verdade, Manuel Alegre não é o meu candidato, nem terá o meu voto, assim como de outros militantes e votantes, penso eu.
Como militante (hoje a designação pelos elitistas globalizados é de aderente) do Bloco de Esquerda, não darei o voto a Manuel Alegre.
Em minha opinião o candidato que a esquerda deveria apoiar não seria em torno desta figura.
Hoje sinto a existência dentro do BE de uma facção elitista, apegada a protagonismo mediático.
Aquando das autárquicas do ano findo, fiquei com ideia da “cambalhota” que Carvalho da Silva deu em Lisboa e entre outras coisas, que o mesmo se estaria a preparar para candidatar-se à presidência da República. Entre várias outras interpretações(negativas), esta leitura ocorreu-me nesse momento.
Este teria seguramente o apoio dos votantes à esquerda (BE/CDU), incluindo muitíssimos do PS, embora eu não considero este partido de esquerda.
Faça-se um recuo ao percurso de Alegre enquanto deputado de um partido, dito socialista, mas que sempre governou contra os desfavorecidos, os trabalhadores, beneficiando os capitalistas e patrões, retirando aos trabalhadores a sua dignidade, impedindo-os de exercer o direito de cidadania. As leis do trabalho criaram manobras, impedindo que não tenhamos tempo para exercer outras actividades lúdicas, cívicas, tal é o terrorismo do desencontro familiar e social, ao prenderem-nos para além do horário de trabalho.
Esta figura que pretende candidatar-se a PR sempre primou por apoiar as medidas anti-sociais que os sucessivos governos do seu partido implementaram. Por acaso esteve ao lado de salgado Zenha?
Veja-se a vergonha dos vencimentos dos administradores, das indemnizações e reformas, para não falar nas benesses – automóveis de luxo, guarda-costas, cartões de crédito…
Manuel Alegre enquanto deputado que fez para denunciar os sucessivos ataques aos direitos e dignidade dos trabalhadores, das leis emanadas, quer pela Assembleia da Republica, quer do governo?
Que atitudes tomou contra as reformas de uma classe que apenas sabe sugar e explorar quem trabalha. Tal como canta o Zeca “ eles comem tudo e não deixam nada”.
É obvio que Manuel Alegre também não prescindiu dessas benesses.
Lançou uma pequena gota no final da legislatura, visto o desgaste do PS, só para o pagode distraído, levando consigo a ingenuidade do BE, e não aceitou ser deputado a pensar nos descontentes, já com o objectivo da candidatura.

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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A28-reunião com ministro, produtivo?

Encontro entre autarcas e ministro.
Produtivo para os autarcas, negativo para os utentes

Depois de adiado por duas vezes, o encontro entre os representantes dos autarcas (15 municípios do norte – Minho e Porto) e o Ministro das Obras Públicas, António Mendonça, teve hoje lugar, não conseguindo travar a intenção de portajar a A28.De acordo com o Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, José Maria Costa, porta-voz dos 15 municípios, disse à comunicação local/regional, “ É um caso adquirido…” e que saíram desta reunião com a “clara sensação” que as portagens na A28 é irreversível.No final da reunião os autarcas acreditaram que o encontro foi “produtivo”.Não vejo que tenha sido assim tão produtivo! Quando os argumentos por eles expostos não conseguiram travar ou demover a intenção de portajar a A28.O que os autarcas (José Maria Costa e Mário Almeida) disseram aos vários órgãos de informação é atirar areia aos nossos olhos. O que afirmaram é dar mais tempo e espaço ao Governo para nos tramar, esquecendo-se que aquela sementeira espalhada pelos pórticos está pronta a funcionar.As portagens só têm razão de existir, quando efectivamente existem alternativas. A Nacional 13 não é alternativa, não tem condições para aumentar e engrossar o movimento de mais viaturas.Só quem não conhece a realidade da N13 é que teima impor portagens na A28. Esquecem que existem extensões locais que foram desclassificadas, em nada se poderão assemelhar a uma estrada nacional.Gostaria de ver esses teimosos ter de permanecer atrás de um autocarro para entrada e saída de passageiros, no pára-arranca!Curiosamente, Defensor Moura, disse (enquanto presidente da Câmara) que se tentassem implementar portagens, os pesados que passassem em Viana também pagariam. Ora esse cidadão tem responsabilidades acrescidas, neste momento é deputado. Terá porventura feito algo contra as portagens?! Ter-se-á pronunciado, tomado alguma iniciativa no parlamento ou fora, contra esta medida do governo, de sua família política?No final do ano foi constituído em Viana um movimento cívico “Naturalmente…não às portagens na A28”.Segundo a Lusa, Jorge Passos, porta-voz do movimento, disse que ainda este mês, conta promover um “mega-buzinão”.Referiu ainda que “Estas promessas são muito vagas e possivelmente inexequíveis”. Questionou. “Como se vai definir o que é trânsito local? Pelas matrículas? E se uma pessoa do Alto Minho comprou um automóvel, por exemplo, pelo sistema de leasing e essa viatura está registada noutra cidade, deixa de ser trânsito local?”.A preocupação deste porta-voz, prossegue; este encontro entre o ministro e autarcas “sabe a muito pouco”, “Obviamente, a nossa luta contra as portagens na A28 vai continuar. Não temos qualquer alternativa e, além disso, continuamos com indicadores económicos muito abaixo da média nacional, que nos mantêm como uma região deprimida. Se no Algarve não vai haver portagens, por que razões pensam introduzi-las no Alto-Minho? Não faz qualquer sentido”, disse.Importa acrescentar que o outro movimento “A28 sem portagens” , com um blogue e uma petição na net, vai neste momento com 13675 assinaturas.
05Jan2010

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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Leoni: BE reclama medidas para travar "estratagemas organizativos"

O Bloco de Esquerda também já tomou uma posição sobre o anunciado encerramento, daqui a um ano, da fábrica de Leoni em Viana do Castelo. De acordo com Jorge Teixeira, e fruto da lógica global, “este é mais um grupo empresarial que, para não diminuir os lucros dos seus accionistas, se furta à responsabilidade social de manter o emprego dos trabalhadores que ao longo dos anos, com empenho e esforço, permitiram o seu crescimento e desenvolvimento”. Aí defender que, para combater um problema que é global, devem também ser tomadas medidas globais.
Jorge Teixeira defende que “é urgente tomar medidas á escala nacional e global para que grupos económicos não continuem a beneficiar de estratagemas organizativos que lhes permitam continuar a distribuir dividendos pelos seus accionistas e, simultaneamente, concentrar prejuízos numa ou noutra unidade empresarial, deslocalizando a produção para países de mão-de-obra barata.” Espera também que “as entidades competentes, tal como o fizeram com a Quimonda, encontrem uma solução para os trabalhadores vítimas deste processo”.
In Notícias Rádio Geice

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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Romeu de Sousa deixou-nos

O advogado, Dr. Romeu de Sousa, natural de Vila Praia de Âncora, faleceu vítima de doença prolongada, na passada terça-feira, dia 24, com 73 anos de idade.
Romeu de Sousa, antifascista. No 3º congresso da oposição democrática (teses apresentadas – 7ª Secção Direitos do Homem e Organização do Estado) apresentou a tese “Os Cristãos Portugueses e a defesa dos direitos do Homem”.
Foi a cara do MDP em Viana.
Este Homem integrou o 1º executivo da Câmara de Viana, sendo também um dos fundadores do Bloco de Esquerda em Viana do Castelo.

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domingo, 22 de novembro de 2009

Merecida homenagem a Gonçalves da Silva

Se este Camarada e Amigo, não tivesse morrido, teria feito 73 anos na passada sexta-feira, dia 20.
Ontem, dia 21, foi-lhe feita uma homenagem.
O evento aconteceu num restaurante em Braga. Intervieram alguns amigos e a filha.
Finalizado com uma projecção, retratando em vídeo algumas passagens desse Homem lutador que nunca procurou notoriedade mediática.
Transcrevo na integra o voto de pesar que o Bloco de Esquerda apresentou na sessão da assembleia municipal de Braga em 20 do corrente mês.
Importa referir que este voto foi aprovado por unanimidade.

“O Gonçalves da Silva estaria agora aqui, nesta assembleia, em representação do Bloco de Esquerda, como esteve nos últimos quatro anos, não tivesse sido surpreendido pela morte no passado dia 28 de Junho.
Hoje, precisamente hoje, completaria 73 anos de uma vida cheia de causas e de lutas, todas do lado da liberdade dos povos de romper com as grilhetas da ignorância, da humilhação, da exploração, da injustiça.
Para alguns, o Gonçalves da Silva, como outros como ele, terá passado ligeiro: porque ele nunca procurou protagonismos nem popularidades, porque ele nunca se instalou em maiorias fáceis e remuneradoras. Mas s que tiveram o privilégio de o conhecer e de com ele cooperar sabem da densidade da sua personalidade e da sua história, da grandeza da coerência e da dedicação com que se bateu por uma vida boa para todos, por um mundo melhor.
Na União Democrática e Popular, no Sindicato dos Correios e Telecomunicações, no Bloco de Esquerda – de que foi fundador e dirigente -, o Gonçalves da Silva legou-nos o exemplo de alguém que desprezou o cálculo mesquinho dos que ganham nas conjunturas, de alguém que, pelo contrário, acreditou serenamente que o futuro se ganha numa prova de tudo, e que “essa coisa é que é linda”.
Exemplo maior de rectidão e honradez, de persistência e coerência, de abnegação e solidariedade, o José Gonçalves da Silva merece bem o nosso louvor e, hoje, aqui, o voto de pesar por já não se encontrar entre nós.
Braga, 20 de Novembro de 2009.
Os deputados municipais do Bloco de Esquerda.”
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Para aceder ao vídeo clique no link

http://videos.sapo.pt/GM818SI2lN7fF7ZfFtcV

publicado pelo BE-Braga - http://braga.bloco.org/

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